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 O Futuro
Ônibus da Baixada -
Um problema crônico

O município de Nova Iguaçu é um dos que mais enfrenta problemas com os ônibus. Parte de tais problemas está associada à própria geografia local. Por ser dividida ao meio pela linha do trem, e também pela via Dutra, a cidade enfrenta o dilema de ligar esses lados internamente, para que os moradores das periferias possam ter acesso ao centro sem maiores dificuldades.

Além disso, assim como toda a região, é cercada de cidades vizinhas, e as rotas intermunicipais são a principal causa do trânsito lento. O fluxo costuma ser voltado principalmente em direção à capital do estado, onde se encontram a maioria dos empregos para a população local.

A Via Light é uma das princiapis vias da Baixada.

Fotografia Rafaela Arraes

Atualmente, a rota de quem faz as viagens para a capital todos os dias conta apenas com ônibus e trem. A Baixada é pouco beneficiada com o metrô, necessitando de integração. Da estação de Pavuna é possível partir, por exemplo, para Nova Iguaçu, Belford Roxo e o para o município de São João de Meriti, que faz divisa com o bairro. Outras paradas também fazem a conexão com a baixada, como Coelho Neto, que possui linhas que vão até Itaguái, Nova Iguaçu ou Seropédica.

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É comum para quem mora nesses municípios distantes do Rio pegar três ou quatro conduções para chegar ao local de trabalho. Além dos ônibus, trens e metrô, outra opção é o BRT. Mas, assim como os coletivos ferroviários, os BRTs também circulam apenas por alguns pontos do estado, e, quem vem da Baixada, precisa chegar até o terminal via ônibus, fazendo mais uma integração.
 

Uma das opções disponíveis para a população, o metrô, não chega até a Baixada. 

Fotografia Rafaela Arraes

Uma das soluções apontadas pelo Secretário de Mobilidade Urbana de Nova Iguaçu, Rubens Borborema, é de conseguir dar andamento às obras de BRTs para ligar a baixada e o centro do Rio. Existe a possibilidade de, futuramente, a cidade contar com o serviço para atender a demanda dos moradores. Entretanto, o projeto ainda se encontra na fase do planejamento e não se sabe quando seriam iniciadas as obras.

OUÇA: O secretário Rubens Borborema fala das possíveis soluções para os ônibus.

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Outro serviço que seria significante para a população fluminense é a Transbrasil. O projeto, com custo de 1,13 bilhão, não tem previsão para começar, por estar parado no processo de licitação desde 2012. A proposta seria de ligar a Baixada inteira com o centro do Rio, por meio dos corredores de BRTs, que cortariam a Avenida Brasil e seriam mais uma possibilidade para quem mora nas periferias.

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A fase de licitação é também o atual estágio do transporte coletivo de Nova Iguaçu. Antigamente, a cidade contava com 14 empresas, fazendo circular, de forma independente, seus ônibus nas estradas. Muitas vezes mal fiscalizados e em más condições. Hoje, um novo consórcio, que conta com apenas sete empresas, pretende trazer melhorias para o sistema de fiscalização. Ônibus revitalizados têm circulado pela cidade, apesar de ainda não ter alcançado toda a frota municipal. Mesmo com modelos novos, serviços como ar condicionado não estão previstos no contrato.

Sede do Centro de Operações de Nova Iguaçu.

Fotografia Rafaela Arraes

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dos ônibus: clique aqui

Em abril desse ano, foi inaugurado o Centro de Operações de Nova Iguaçu (CONIG). O serviço conta com 50 controladores terceirizados que monitoram, diariamente, alguns pontos específicos da cidade em busca de irregularidades, falhas no funcionamento dos veículos e possíveis acidentes, para agilizar o trabalho dos fiscais e guardas de trânsito.

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“Há meses, Nova Iguaçu tinha um reboque pesado para tirar ônibus. Então você ficava ali o dia inteiro esperando a boa vontade da empresa para trazer o reboque próprio para rebocar aquele ônibus. Hoje não, a gente tem um reboque pesado. A gente reboca aí, após passar essas estatísticas, carros enguiçados, ônibus enguiçados, veículo parado, então isso com certeza está trazendo melhoria no trânsito”, explica o Secretário.

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Há áreas do município que ainda não estão acessíveis. Quem depende do transporte coletivo acaba por escolher as vans, que são uma alternativa para lugares mais distantes. Elas conseguem atender a uma grande demanda em horários de pico, quando os ônibus ficam lotados e não são possíveis de embarcar. Apesar disso, o serviço conta com algumas irregularidades que trazem riscos à população, e ainda não foi regulamentado pela prefeitura da cidade.

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Apesar das melhorias que esse novo consórcio deve oferecer para esta cidade, outros municípios da Baixada Fluminene não serão beneficiados diretamente. De forma indireta, no entanto, os trajetos que tiverem de passar por Nova Iguaçu vão poder encontrar menores problemas ao longo do caminho, mas ainda há uma longa estrada a percorrer.

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